terça-feira, 28 de maio de 2013

Análise do Filme "Elefante Branco"

     O filme relata a história de uma favela, em Buenos Aires,na cidade de Villa Virgem,onde habitam mais ou menos trinta mil pessoas tendo como base cálculos feitos através de batismos realizados pela igreja.Os principais personagens da trama são o Padre Nicolas que fazia um trabalho no Amazonas e que por ser europeu quase foi morto nessa missão, a Assistente social Luciana, o padre Júlian, este realiza um trabalho dentro da favela e também era responsável por supervisionar a obra dentro da comunidade e o Esteban (Macaquinho) um jovem usuário dependente químico e que já trabalhou vendendo drogas. A favela tem o nome de “Elefante Branco” por ter se formado ao redor do que era para ser o maior hospital da América Latina, baseado em um projeto do ano de 1937 elaborado por um socialista e aprovado pelo Congresso Nacional, cuja construção foi interrompida por duas vezes, a primeira no Governo Peron e a segunda na Revolução de 1955.
     O Filme procura retratar a periferia Argentina em que dois padres de diferentes origens de desejos humanos e sacerdócios também diferentes se juntam a uma assistente sócia que atua em uma ONG que contribui na tentativa de solucionar problemas cotidianos da comunidade. Buscam trazer a dignidade ás vidas das pessoas que habitam na favela de Buenos Aires, neste momento ela está passando por um processo de urbanização, onde será construído creches, escolas e paróquias.
 A obra mostra claramente a brutalidade da polícia, a ameaça do tráfico, a indiferença das altas esferas da igreja e o imenso descaso do governo, que reprime toda e qualquer revolta que saia dali, mantendo aquela comunidade alienada, esfomeada e revoltada à margem de um sistema a qual não escolheram.
    O descaso emblemático retratado no filme é a construção de um hospital o famoso "Elefante Branco" que se localiza no centro da favela que nunca foi terminado e que passou a ser um lugar de encontro de jovens viciados em crack. Também é mostrado no filme o lado religioso, apresentando os deveres e os conflitos da mente e do corpo sacerdócio. Dois homens (padres) que enfrentam o desprezo do Estado e a descrença dos moradores da favela que buscam um futuro melhor para as crianças que se direcionam pelas ruas em busca de entorpecentes. Os moradores enfrentam a luta do narcotráfico contra a polícia, entre facções criminosas, pelo pode, pelo direito de comandar aquele espaço, permanecendo sempre em uma zona de conflitos causando a perda de parentes, amigos e vizinhos.











segunda-feira, 27 de maio de 2013

Relatório da Aula Campo

10/05/2013



Trabalho de Campo / Técnicas Interventivas 07/05/2013


     Podemos observar logo na chegada ao Largo do Machado um movimento grande de trabalhadores devido ao metrô e por ser uma área comercial. Achamos uma área bem dividida, pelo lado da escola Estadual notamos muitos estudantes na mesma calçada alguns bares com pouco movimento de clientes por ser uma terça-feira. No centro do Largo do Machado observamos uma estatueta como se fosse um ponto de encontro, pessoas esperando a chegada de alguém, pais com filhos, senhoras, jovens. Percebemos umas mesas um pouco mais a frente do centro do Largo do Machado com senhores idosos e de meia idade jogando baralho, dama e etc.
     Mais a frente temos uma igreja Matriz Nossa Senhora da Glória do Largo do Machado que no dia da aula campo estava lotada  com fiéis. Já do outro lado da rua temos prédios comerciais como: farmácias, jornaleiro, lojas de roupas, lojas de calçados entre outros.      Notamos também que o Largo do Machado é coberto por muitas árvores do tipo palmeiras que faz parte do cenário do Rio de Janeiro em sua época imperial.
     A diante andamos para o Bairro da Glória que é composto por apenas três ruas, é um bairro que tem muito hotéis, albergues, cortiços e muitas casas não sendo só um bairro comercial. Já na Rua Santo Amaro temos o prédio do INCRA que era um casarão da burguesia em que 1950 finalizou suas atividades culturais a qual era promovido bailes e teatros. Ainda na mesma também localizamos casarões que pertenciam à burguesia e que hoje em dia é um cortiço só que os moradores pagam pela moradia.
     Dando continuidade a aula campo seguimos para a Rua Benjamin Constant e nessa rua é localizada a Igreja Positivista do Brasil, formada no século XIX com frequentadores com visões positivistas e que cultuavam grandes pensadores e cientistas cuja vertente era positivista. Paramos um pouco no antigo chafariz da Glória para tirarmos fotos e ao caminharmos para a Rua da Lapa notamos algumas prostitutas na rua se exibindo e parando os carros que passavam por ali, chegando à Rua da Lapa paramos mais uma vez na praça em que antes de ser reformada se tinha muitos moradores de rua e com a chegada do choque de ordem se teve uma política de higienização por parte do Estado. Foi possível ser observado também algumas áreas da Lapa em reformas, como por exemplo, o prédio que se localiza ao lado da Escola de Música, mas ainda não sabemos o que vai ser. Na mesma rua tinha alguns Hippies vendendo pulseiras e colares para quem passasse pela rua.
     Por fim a aula campo se finalizou com todos os estudantes da disciplina de técnicas interventivas na escadaria da Lapa e percebemos alguns carros de polícias bem em frente à subida da escada. O grupo finalizou as observações de campo nos Arcos da Lapa e notamos alguns moradores de rua que ali estavam, se encontravam em uma situação de miséria, pois não tinham o que comer, o que vestir para amenizar o frio e muito menos proteção de chuva ou sol.

Relatório da dinâmica em sala de aula( 09/ 04)


11/04/2013


A professora realizou uma dinâmica dividindo a turma em grupos, onde cada componente escolhia um instrumento e teria que lhe atribuir novas funções. Foi um pouco difícil inventar novas utilidades a ele, mas também foi engraçado ver até onde ia à imaginação das pessoas.

No final entendemos que adinâmica era uma forma de refletirmos sobre a instrumentalidade do Serviço Social. Tivemos que usar a criatividade, que é colocada para o assistente social hoje; percebemos que não há instrumentos padronizados para responder as demandas de uma única forma.


Então, os instrumentos e técnicas são aprimorados, visando o atendimento das necessidades humanas, e quando o assistente social usar um instrumento ele precisa saber o resultado da  sua intervenção.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Aconteceu hoje a liberação do casamento civil igualitário, uma conquista importante para os assistentes sociais que lutam a favor das demandas postas pelos homossexuais que só querem ter seus direitos garantidos e respeitados.


14/05/2013


Entenda o casamento gay em cartório 
Conselho Nacional de Justiça aprovou resolução nesta terça-feira (14).
Ato obriga cartório a realizar qualquer tipo de união homossexual no país.

O que é
O Conselho Nacional de Justiça, órgão de controle externo das atividades do Poder Judiciário, obrigou todos os cartórios do país a cumprirem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de maio de 2011, de realizar a união estável entre casais do mesmo sexo. Além disso, obrigou a conversão da união em casamento e também a realização direta de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

Como é hoje
Não há uma legislação permitindo o casamento gay no Brasil, os casais são amparados pela decisão do STF, que equiparou a união estável dos casais heterossexuais, o que permitiria sacramentar uniões entre pessoas do mesmo sexo em cartório.

Motivo
Na prática, muitos cartórios continuavam negando o pedido dos casais alegando ausência de leis, mesmo após o entendimento do STF. Por isso, alguns Tribunais de Justiça, a quem estão subordinados, começaram a obrigar os cartórios a realizar as uniões, por meio de provimentos (instruções administrativas). 

O que muda
Como os provimentos foram feitos somente em 12 estados e no DF, o CNJ decidiu fazer uma regra nacional. Agora, qualquer cartório é obrigado a realizar uniões estáveis, conversão de união em casamento civil e ainda o casamento civil, o que valerá a partir da publicação da resolução no Diário de Justiça.

Brecha
Como a resolução não tem força de lei, ainda há a possibilidade de que cartórios continuem a se negar a realizar as uniões. O STF, no julgamento da causa, recomendou ao Congresso Nacional que aprovasse a legislação, mas o projeto de lei  da Senadora Marta Suplicy (PT-SP), prevendo os mesmos direitos de união aos casais homossexuais, foi encaminhado a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania) do Senado em junho do ano passado. Desde então aguarda análise. Além disso, a resolução ainda poderá ser questionada  por mandado de segurança no Supremo. 


União Estável X Casamento Civil 
Existem diferença na formação, na extinção e no caso de morte de um dos companheiros.

Casamento
União estável
Início: é uma união formal, feita apenas por um juiz de paz ou de direito e gera uma certidão de casamento no registro, tornando as pessoas casadas no papel.
Início: é uma união duradoura, pública e contínua. Basta morar junto ou, morando separado, ter a intenção de formar uma família. Pode ser formalizada em um contrato no tabelionato de notas.
Estado civil: casados. São cônjuges para efeito do Código Civil e podem adotar o nome do outro.
Estado civil: continua solteiro, viúvo, divorciado.
Direitos: durante a relação são os mesmos estabelecidos no Código Civil, como plano de saúde, seguros de vida, pensão alimentícia e divisão dos bens adquiridos em caso de rompimento.
Separação e divórcio: são formais e realizados perante o Poder Judiciário ou com registro em cartório, se não há filhos.
Separação e divórcio: basta interromper a união, um dos companheiros sair de casa, por exemplo.
Morte: o companheiro fica em igualdade de condições com outros parentes, como os filhos exclusivos do outro cônjuge, na divisão da herança.
Morte: tem direito aos bens adquiridos durante a união, mas pode ter de recorrer à Justiça.




Judiciário X Legislativo
A polêmica sobre as uniões homossexuais chegou ao Supremo depois que muitos casais recorreram à justiça para equiparas suas uniões às de casais heterossexuais, para dividir bens e adotar filhos, por exemplo. Na ausência de uma lei, o judiciário vinha decidindo caso a caso, até que a Corte tomou a decisão final.

Como não cabe ao Poder Judiciário legislar, muitos cartórios podem rejeitando aplicá-la.
Segundo o presidente do CNJ, seria "contrassenso" esperar o Congresso. Por isso, a resolução foi aprovada por 14 a 1.


Matéria por: Rosanne D'Agostino
Do G1 em São Paulo
 Fonte: globo.com


sexta-feira, 3 de maio de 2013

A "Questão Social" e o Serviço Social

22/04/2013


Família da Trabalhadora Rural, Maria Senhora Nogueira, bóia fria do café, vivendo como pedinte durante a safra. Foto:João Roberto Ripper / Imagens Humanas









         Sabe-se que vivemos em uma sociedade capitalista, divididas em classes sociais pela divisão social do trabalho, em que há uma polaridade entre cidadãos incluídos e cidadãos excluídos da ordem social oficial. Existe, portanto, uma disparidade entre aqueles que possuem muito e aqueles que não possuem nada, um abismo entre ricos e pobres, típico da sociedade capitalista.
O capitalismo instituiu também o que denomina-se "questão social": o conjunto de problemas decorrentes das contradições e dos conflitos entre capital - os donos dos meios de produção -  e trabalho - aqueles que nada possuem além da sua força de trabalho para vender em troca de um salário.
A exclusão social da qual a maioria da população é vítima, tem sido agravada nas últimas décadas pelas novas características do capitalismo tardio e o seu projeto neoliberal de reestruturação capitalista, como denomina Netto (1996), cujas transformações societárias decorrentes causam profundas metamorfoses nos aspectos econômicos, produtivos, sociais, culturais e políticos.
A sociedade brasileira, segundo Montaño (2002), não é imune a essas transformações decorrentes dessa nova forma de organização do capitalismo. Pelo contrário, as manifestações da "velha" questão social são agravadas, e concomitantes a isso, surgem novas refrações que exigem novas respostas, especialmente da categoria profissional do Serviço Social, que lida diretamente com essas ultimas.  

Trabalho escravo em  fazenda de cana de açúcar no Mato Grosso do Sul.
Foto:João Roberto Ripper / Imagens Humanas

 O chamado massacre de Eldorado dos Carajás ocorreu durante o conflito de 17 de abril de 1996 em Eldorado dos Carajás , no Sul do Pará. Dezenove sem-terra foram assassinados pela Polícia Militar.
Foto:João Roberto Ripper / Imagens Humanas


Trabalho infantil nos canaviais de Campos, Rio de Janeiro.
Foto:João Roberto Ripper / Imagens Humanas











quarta-feira, 1 de maio de 2013

Resenha sobre o texto de Charles Toniolo de Sousa.


16/04/2013
    

O autor faz um resgate da história do Surgimento do Serviço Social para fazer um debate sobre a importância da instrumentalidade na investigação. O Serviço Social surge da necessidade do Estado intervir nas expressões da questão social que antes eram tratadas como caso de polícia. A partir das mobilizações dos trabalhadores são requisitados profissionais que executem essas políticas, a fim de manter controle e a ordem capitalista.
    O Movimento de Reconceituação do Serviço Social faz uma crítica a essa divisão entre aqueles que pensam (intelectuais) e os que executam (manual) as políticas. Na busca por um estatuto de ciência para superar essa subalternidade, movimentos dentro do Serviço Social começaram a contestar essa divisão. Baseados na corrente Intenção de Ruptura que rompe com essa visão conservadora se percebe a necessidade de produzir conhecimento crítico para responder as demandas colocadas pelo mercado e pela realidade. O que propiciou a aproximação com as Ciências Humanas.
    A maturidade acadêmica alcançada apontou para as dimensões que devem ser dominadas pelo Serviço Social; competência ético-política que indaga sobre a questão da neutralidade do Assistente social, pois numa sociedade capitalista marcada por relações contraditórias o profissional deve assumir postura ética que sustente sua prática e que atendam os interesses desta classe; competência teórico-metodológica onde o conhecimento vai além da aparência e busca a essência dos fenômenos; competência técnico-operativa onde o profissional procura articular as demandas dos setores da sociedade para conhecer e criar habilidades técnicas para desenvolver sua intervenção. Certamente essas dimensões de competências não devem ser encaradas separadamente o que reflete na articulação teoria e prática. O que levaria a um posicionamento contrário ao Código de Ética.          

Um profissional atualizado e compromissado na produção de conhecimento para formular respostas inovadoras para intervenção profissional é fundamental para sua sobrevivência no mercado. Para poder transformar a realidade o profissional tem que conhecer, tem que se ter um conhecimento teórico das relações sociais e da forma de organização da sociedade em um determinado momento histórico, poderá nos levar a ultrapassar a universalidade e singularidade para apreender as particularidades da situação. Ir além da aparência para apreender a essência.
Traçando a partir de seus objetivos quais as técnicas e instrumentos que utilizará para uma ação transformadora. Percebendo que nem sempre esses objetivos serão alcançados dadas as limitações históricas que são fatores que determinam a intervenção. Há uma necessidade de inovação e criatividade do profissional para adaptar instrumentos antigos e criar novas técnicas, para desempenhar com competência suas atribuições e produzir mudanças. Onde citamos Iamamoto (2004), “ tomar um banho de realidade”.
    A linguagem que é um tema pouco abordado na produção do Serviço Social constitui a identidade de grupo social e a partir dela o Assistente Social se comunica com os grupos sociais e as instituições que trabalha. É a partir deste contato que vai conhecer os sujeitos e definir quais os instrumentos utilizar na sua intervenção.
    Tendo que dominar formas de coerentes de falar, pensar e expressar seu pensamento. O Serviço Social utiliza as formas de instrumentos de trabalho: direta ou oral (face à face) , que expressam uma interação dinâmica não só de palavras , mas pelo gesto, olhar entonação que são: Observação Participante, Entrevista individual ou grupal, Dinâmica de grupo, Reunião, Mobilização de comunidade, Visita domiciliar e visita institucional. E tem formas de instrumentos indiretos ou escrito que são os registros do trabalho direto que são: Atas de reunião, livros de registro, diário de campo, relatório social e parecer social.
        Contudo entendemos que os instrumentos não podem ser mais importantes que os objetivos. Mas vemos uma importância de uma reflexão continua da dimensão ético-política, para cada dia estar construindo de maneira criativa metodologias de ação que respondam as necessidades dos profissionais a partir de diferentes contextos e realidades sociais.