Família da Trabalhadora Rural, Maria Senhora Nogueira, bóia
fria do café, vivendo como pedinte durante a safra. Foto:João Roberto
Ripper / Imagens Humanas
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Sabe-se que vivemos em uma sociedade capitalista, divididas em classes sociais pela divisão social do trabalho, em que há uma polaridade entre cidadãos incluídos e cidadãos excluídos da ordem social oficial. Existe, portanto, uma disparidade entre aqueles que possuem muito e aqueles que não possuem nada, um abismo entre ricos e pobres, típico da sociedade capitalista.
O capitalismo instituiu também o que denomina-se "questão social": o conjunto de problemas decorrentes das contradições e dos conflitos entre capital - os donos dos meios de produção - e trabalho - aqueles que nada possuem além da sua força de trabalho para vender em troca de um salário.
A exclusão social da qual a maioria da população é vítima, tem sido agravada nas últimas décadas pelas novas características do capitalismo tardio e o seu projeto neoliberal de reestruturação capitalista, como denomina Netto (1996), cujas transformações societárias decorrentes causam profundas metamorfoses nos aspectos econômicos, produtivos, sociais, culturais e políticos.
A sociedade brasileira, segundo Montaño (2002), não é imune a essas transformações decorrentes dessa nova forma de organização do capitalismo. Pelo contrário, as manifestações da "velha" questão social são agravadas, e concomitantes a isso, surgem novas refrações que exigem novas respostas, especialmente da categoria profissional do Serviço Social, que lida diretamente com essas ultimas.
Trabalho escravo em fazenda de cana de açúcar no Mato
Grosso do Sul.
Foto:João Roberto Ripper / Imagens
Humanas
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Trabalho infantil nos canaviais de Campos,
Rio de Janeiro.
Foto:João Roberto
Ripper / Imagens Humanas
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