sábado, 13 de julho de 2013

Análise do Filme Preciosa



Clairece Preciosa Jones é uma adolescente de 16 anos que mora no Harlem.   Preciosa cresceu em uma família desestruturada, desde criança foi vitima de muitos tipos de violência, começando com o abuso sexual desde os 3 anos pelo pai e com o passar do tempo a exploração sexual e com trabalhos domésticos também pela sua mãe..
Na escola ela era vitima de bullyng dos colegas de classe o que fazia com que Preciosa não se relacionasse com ninguém e nem participasse das atividades da turma, fica evidenciado ai a falta de preparo da escola em lidar com uma questão que vai além da atenção dada dentro de sala de aula, pois antes de ser questionada sobre o seu segundo filho, Preciosa nunca havia recebido nenhum tipo de assistência ou orientação por parte da escola. Por conseqüência de sua gravidez ela foi expulsa da escola “normal” e encaminhada para uma que pudesse atender suas particularidades, aqui mostra também uma alternativa curiosa, pois no lugar de integrar a política usada pela escola é segregar os diferentes e não se adequar a suas necessidades.
Preciosa por ser vitima de violência doméstica gerou um filho com síndrome de donw e apresenta um perfil introspectivo e defensivo além de entrar em transe sempre que chega a uma situação limite em sua vida, ela utiliza isso como uma fuga. Uma das poucas pessoas que conversa e obrigada é a assistente social que quando a questiona sobre seu filho diz que foi dado pelo seu pai, é a primeira vez que ela deixa transparecer que sofreu abusos, o que mostra a importância da entrevista além da sutileza nas respostas dos usuários.
Por sofrer pressão de sua mãe para continuar recebendo o beneficio do estado, Preciosa é obrigada a mentir para a Assitente social. Na visita domiciliar fica evidente a crítica pela dependência da usuária com a assistência. Por o dinheiro ser a única forma de auxilio e pelo único interesse da mãe em ver a filha na escola é a renda sem se importar com a qualidade ou qualquer tipo de educação. Essa situação podemos trazer para uma realidade bem próxima da vivida hoje em dia no país com a política do bolsa família.

Ao começar a trilhar um caminho de independência e na busca de sua felicidade a jovem é surpreendida mais uma vez ao descobrir que é portadora do vírus HIV. O que nos faz ver como sua realidade é cruel, pois saiu de casa e tem que cuidar de uma filha com síndrome de Donw, do recém nascido além de arrumar um emprego, considero essa parte além de todo o filme um tapa na cara da sociedade.
Já no final quando a protagonista se encontra com sua mãe fica evidenciada a dependência afetiva que sofria sua mãe e a falha do sistema como um todo pois na escola seu comportamento nunca foi “questionado” nem quando teve seu primeiro filho ainda muito nova, outra questão para se levantar é atendimento feito pela assistência social, feitos em baias juntos com muito outros, barulho e sem privacidade alguma.


Nenhum comentário:

Postar um comentário